Remuneração é a quantidade de dinheiro que uma pessoa
recebe por um determinado trabalho. Salário é mais ou menos a mesma coisa - é a
remuneração pelo trabalho, só que de forma constante, durante todo o período em
que uma pessoa fica em determinado emprego.
O nome salário vem do latim e significa “de sal”. Afinal, foi na
Roma Antiga que os soldados começaram a receber salários, mas, em vez de
dinheiro, eles recebiam sacas de sal, um produto de grande valor na época.
Hoje em dia muitas pessoas recebem salário. Mas nem sempre foi assim. O
salário foi se consolidando junto com o crescimento das cidades durante a
chamada Revolução Industrial. O capitalista, dono do capital,
começou a “alugar” a mão-de-obra dos operários pagando-lhe salário. Ah, mas
para isso também foi necessário extinguir práticas comuns na era
pré-industrial: a escravidão e a servidão.
Hoje, o salário é a forma mais comum de remuneração. Mas como é definido
o valor do salário?
Essa é uma questão complexa. Há pelo menos três importantes variáveis
para definir o valor do salário. A primeira é quanto é preciso pagar
para que uma pessoa faça um determinado trabalho, seja costurar uma camiseta ou
desenvolver um software. Além disso, é preciso pensar no quanto essa pessoa
teve de investimento pessoal para estar apta a fazer isso. A terceira
variável é quanto essa pessoa precisa para viver. Ou seja, para
que ela fique concentrada no trabalho, é preciso que o dinheiro dê para ela
comer, morar, vestir-se, além de vários outras necessidades que só devem aumentar
se essa pessoa tiver uma família, por exemplo.
Resolver essa equação é extremamente complexo. O economista e filósofo
Karl Marx, ao dissecar o capitalismo, mostrou que havia um “espaço” entre o
valor que o capitalista vendia suas mercadorias e o quanto ele pagava para os
seus operários. Ele batizou esse “espaço”, que pode ampliar seu capital
inicial, de mais-valia. No início do capitalismo, as fábricas exploravam
de maneira aviltante os operários. As horas trabalhadas chegavam a 12 ou até 17
horas diárias e os salários eram muito pequenos. Além disso, não existiam
férias e , às vezes, nem descanso semanal. Essa situação foi mudando aos poucos
em vários países graças a dois movimentos diferentes. De um lado, os
trabalhadores se organizaram para lutar por seus direitos. O que não foi nada
fácil. Muitas dessas greves e protestos terminaram de maneira violenta como no
caso da greve em Chicago ainda no século 19, que acabou em mortes e prisões, mas que
tornou-se o motivo para as comemorações de 1º de maio, o dia do trabalho.
Do outro lado, as melhorias tecnológicas de vários processos produtivos facilitaram
a vida dos operários.
Hoje em dia, a sociedade se sofisticou. Há vários tipos de trabalhos diferentes,
os direitos de quem oferece sua mão-de-obra se ampliaram e os salários e formas
de pagamento se pulverizaram.
História do Salário Mínimo no Brasil
O salário mínimo foi criado no Brasil em 1940. Já, naquela época, foram criados valores regionais para o salário mínimo, variando de Estado para Estado. Hoje, apenas São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul têm salários diferenciados e maiores do que piso nacional. Quando instituído, o salário mínimo tinha a pretensão de cobrir as necessidades básicas de uma família como alimentação, moradia, transporte, educação e saúde. Levando em conta esse critério, o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socio-econômicos) calcula qual seria o valor necessário de salário mínimo. Em outubro de 2008, os cálculos estimavam um mínimo de R$ 2015 e não os R$ 415 então em vigor, quase cinco vezes menor.
O salário mínimo é reajustado
anualmente. Para saber mais sobre os valores históricos e atuais do salário
mínimo, clique aqui.
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Como já dissemos,. a questão do valor do salário é um tema complicado.
Muitos fatores influenciam para que o salário seja maior ou menor. Desde 1940,
existe no Brasil a figura do salário mínimo. Ou seja, pelo menos na teoria,
ninguém pode ganhar menos que um salário mínimo. Mas há, de fato, muitos
brasileiros que vivem abaixo da linha da pobreza. Em 2003, por exemplo, 23%
da população ganhavam um salário mínimo ou menos. (Fonte: IBGE).
Além de um patamar mínimo, pelo menos teórico, o nível escolar é
um importante componente para o aumento dos salários. Quanto mais estudo, mais
salário. Uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas comprova essa teoria e mostra que
entre os profissionais, o maior salário é do médico pós-graduado, cuja o
valor médio era de cerca de R$ 8 mil (em 2005). Mas o diploma não
necessariamente dá salários em patamares, digamos, dignos. Na mesma pesquisa, é
possível ver que uma graduação em pedagogia confere ao trabalhador um salário
médio de R$ 1,7 mil.
As informações anteriores explicitam uma triste realidade
brasileira: a concentração de renda na mão de poucas pessoas e as oportunidades
diferentes para cada um. O Brasil tem um dos piores índices Gini do
mundo, variável que mede a disparidade de renda do país. No último comparativo,
o Brasil só perdia para países africanos com condições extremamente precárias
como Suazilândia e Serra Leoa (Fonte: Sociólogos.org). Assim, o valor do salário pode variar muito de profissão para
profissão e de classe social para classe social. Do mesmo modo, ele varia de
acordo com a região ou cidade que você mora. Na região Nordeste, por
exemplo, um empregado chega a ganhar metade que ganha um funcionário no Sudeste
(Fonte: Folhaonline) Outra diferença existente é entre homens e mulheres.
Essas podem chegar a receber quase metade (56%) do que ganha um homem, apesar
dessa tendência ter apresentado uma pequena queda nos últimos (Fonte: Agência Brasil).
Bom, lendo tudo isso, você deve estar pensando, então, não dá para saber
quanto eu devo ganhar.
Não se assuste. Não é bem assim. Você pode pesquisar o salário que o
mercado tem oferecido para sua profissão ou cargo que pretende trabalhar em
algumas fontes. Dependendo da especialidade, há revista ou sites que têm
tabelas de salários como essa tabela para profissionais de Tecnologia da Informação (TI) ou essa para profissionais de logística . Os empregados domésticos podem ter
parâmetros através da pesquisa mensal da Data Folha, batizada de Data Casa.
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©iStockphoto.com/Michael DeLeon Os valores dos salários variam muito. Dependem de variáveis como lugar onde você trabalha, sua profissão e experiência . |
Um bom parâmetro também é procurar o sindicato de sua categoria que
normalmente tem uma tabela com os salários sugeridos para cada área. Além
dessas pesquisas, um bate-papo com os seus colegas de profissão pode também lhe
ajudar.
Reajustes
Os salários acabam se desvalorizando com o tempo, graças ao fenômeno
econômico da inflação. Assim,
periodicamente, é preciso um reajuste do salário. Nos tempos em que o Brasil sofria com a
hiperinflação, esses reajustes chegavam a ser mensais. Com uma inflação menor, os
reajustes passaram a ser negociados caso a caso. Muitas categorias de
trabalhadores têm datas anuais para negociação dos reajustes salariais,
normalmente negociados entre os sindicatos patronais e de trabalhadores.
Além do salário que você recebe todo mês, existem outros salários e
benefícios que são incorporados indiretamente à sua renda. No Brasil, dois
deles são o 13º salário e as férias remuneradas.
O 13º salário é um salário a mais por ano que tanto quem trabalha
pelo regime da CLT quanto os servidores públicos recebem. Pela lei, o
empregador pode pagar o benefício em duas vezes ou de uma vez só. Para o
primeiro caso, os prazos para receber o pagamento são até dia 30 de novembro
e até dia 20 de dezembro. Se o empregador optar por um só pagamento, ele
deve ser até o 5º dia útil de dezembro.
O valor do 13º salário é proporcional ao número de meses do ano que a
pessoa está empregada. Assim, se você estava contratado desde janeiro daquele
ano, receberá o mesmo valor do seu salário. Se você foi contratado em outro
mês, deve calcular proporcionalmente. O cálculo é assim:
Você deve dividir o seu salário por doze e depois multiplicar
pelo número de meses contratados. Assim, se você começou a trabalhar em 1º
de julho, deve dividir o salário por 12 e multiplicar por seis.
Já se você começou a trabalhar no dia 20 de julho por exemplo, você deve
fazer duas contas. Primeiro, dividir o seu salário por 12. O primeiro resultado
você multiplica pelo número de meses trabalhados por 30 dias completos. O
segundo cálculo deve ser feito usando o valor para o mês completo, dividindo-o
por 30 dias. Este valor deve ser multiplicado pelo número de dias trabalhados
no mês (no caso, 10 dias). Com os dois resultados na mão, é só somá-los e você
terá o valor do seu 13º.
Bom, além do 13º salário. Todo trabalhador brasileiro registrado em
carteira tem direito a férias remuneradas de 30 dias após um ano de trabalho.
Pela lei, essas férias devem ser gozadas no máximo um ano depois de ter
vencido. Nas férias, o trabalhador recebe o salário integral, mais 1/3
do valor. Assim para calcular o salário é fácil, é só multiplica-lo por 1,3. Mas atenção, as férias só podem ser gozadas depois de um ano empregado.
Bom, olhando assim, você deve ter ficado animadíssimo com o tanto de
dinheiro extra que é possível receber além do salário mensal. Pois, comece a se
desanimar um pouco. Além desses benefícios, o salário de um trabalhador sofre
vários descontos no seu contra-cheque ou holerite.
Fonte Portal do RH
Esta história é para mostrarmos pra todos, como e quando foi implantado o salário mínimo no Brasil, e com isto nós trabalhadores conseguimos vários direitos , previstos por lei e somente nós conseguiremos mais melhorias para todos os assalariados Brasileiros.
Janaina

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