domingo, 30 de março de 2014

RH - COMO AGENTE CAPACITADOR


Hoje, domingo, acabei de fazer uma análise critica sobre o filme “Amor sem Escalas”. A tônica do filme é justamente como somos superficiais ao valorizar mais coisas do que os relacionamentos, quer seja com um companheiro ou com alguém da empresa ou da empresa com seu profissional. O filme traz uma discussão interessante sobre as pessoas como peso ou estas pessoas com uma bagagem de peso que possa não ser interessante para você, neste caso o protagonista. O parecer ser útil e presente em um relacionamento em paralelo com o ser descartável no mesmo relacionamento é presente em todo o filme, desde um relacionamento amoroso ao relacionamento profissional da empresa com seu funcionário. O protagonista é o “pião de xadrez” nesse enredo do teatro grego.

Quero dar ao protagonista um título, talvez, um categoria profissional junto ao meu sindicato fictício aqui. O chamarei de “agente demissional.” E não é o que já ocorre nos dia de hoje, agentes especializados em demissão. Empresas, lideres, encarregados, pessoas chaves desde o nível estratégico de uma empresa até o nível operacional que são ases em demitir pessoas e ineficazes no processo de capacitação. É uma rotatividade de pessoa que entram e saem que talvez receberiam um selo do Inmetro por “uso inadequado”. O filme usa muito a palavra “dispensado” que por trás, claramente, mostra o conceito de descartável. Por quê? Simples! Não havia o trabalho, o trato, o cuidado e, até mesmo, o conflito do relacionamento ao ter que demitir seu profissional por meio de um “agente demissional” terceirizado.

Essa é a falta de um RH amadurecido, estratégico e humano junto a uma empresa. Se temos o cuidado da seleção para triar no trilhar da seleção a personalidade, as habilidades e competências, por que não o fazer, com o mesmo trato profissional na demissão. O RH não pode consumir das pessoas suas personalidades, suas habilidades e suas competências (como algumas empresas) como alguém que está na frente de uma gondola de mercado comprando copos descartáveis para uma festa. O RH deve zelar pela integridade do que foi selecionado como adequado para empresa até o final de sua história. E esse cuidado deve permear e intermediar todo o relacionamento entre o RH e os cooperadores e deles com a empresa. Afinal é um gestor de pessoas e não de coisas.

O papel da gestão de pessoas é fazer delas produtores e não reprodutores. Quando pessoas começam a produzir usando sua capacidade, confiando em suas competências, elas serão mais eficazes nos resultados e mais eficientes no processo. Caso contrário, como reprodutores, serão limitadas, dependentes, nulas e sem visão de melhoria.

O processo demissional ele existe e, às vezes, é parte estratégica em fusões, em questões de economia em meio a uma crise ou por uma questão de politica de poder onde o mais fraco acaba saindo. Contudo, o papel do RH ou da gestão de pessoas, mais do que vê-las sendo consumidas no processo profissional, é nutri-las, trazer a tona suas habilidades, motiva-las acima da superficialidade medíocre em que a massa se coloca. O papel do RH é fazer do ser humano, dessa matéria prima rica, uma pessoa diferenciada e altamente competitiva.

O RH deve aprender a lidar com as pessoas e com a bagagem de vida que elas trazem. Caso contrário, verá sua luz se apagar cada dia mais (na empresa em que está) até que seja mais uma voz sem expressão alguma em meio à multidão. 


Referência:

Análise crítica contextual por William.

sábado, 29 de março de 2014

CONTE UMA HISTÓRIA IMPORTANTE



Nesta semana, buscando meios e formas para entender um pouco mais o que estamos estudando, enquanto andava eu dentro de uma banca de jornais, uma revista me arrebatou a atenção com a seguinte chamada: 

“Conte uma história importante: Faça a contabilidade.”

É sobre ela que vou me enveredar e espero que o professor Djalma me desculpe se sair um pouquinho fora.

O objetivo da postagem é falar do valor da contabilidade na vida de um taxista até a vida de uma pessoa jurídica. E a mesma, é matéria importantíssima para quem faz ou irá fazer GRH. Números sempre terão seu lugar na vida de quem faz gestão de pessoas numa empresa e nada melhor do que um profissional com visão holística, que vê além dos silos, para resolver problemas de negócio. Mas vamos a contabilidade já que comprei a revista, não é mesmo!!!!

Contabilizar ou fazer um balanço patrimonial é mais que números em células e colunas dentro do Excel, segundo o artigo na revista Cálculo Matemática para todos, comenta:

“Muita gente acha que fazer a contabilidade de um empreendimento quer dizer anotar números na coluna de créditos e na de débitos. OK, isso também, mas, principalmente, quer dizer resumir a história do empreendimento de jeito inteligente.”

Ou seja, por meio da contabilidade podemos ver o balanço patrimonial de pessoas físicas e pessoas jurídicas. O professor Djalma diz que contabilidade é que nem namoro: tem que ter atitude para começar, tempo para gostar e estar junto para se conhecer... é isso mesmo! Na GRH temos que entender essa importante ferramenta que fotografa o momento da empresa e passar tempo, isto, praticar, para entende-la mais.

Neste momento - me refiro a pratica do fazer e acontecer -  duas informações irão aparecer para fazer a leitura desse momento: o balanço patrimonial e a demonstração de resultados do exercício. Irei apenas pincelar a definição dos dois aqui e mencionar elementos importantes para a composição do balanço.

Então:

1)      Balanço Patrimonial (BP) – é o conjunto dos bens, deveres e obrigações de uma empresa ou, se for o caso, de uma pessoa física.

2)      Dentro do BP, temos (irei apenas mencionar):
a.       Ativo – onde colocamos os bens mais diretos. Subdivididos em:
                                                               i.      Ativo Circulante
                                                             ii.      Ativo não Circulante
b.      Passivo – é onde colocamos nossas obrigações, traduzindo... dívidas, também subdivididos em:
                                                               i.      Passivo Circulante
                                                             ii.      Passivo não Circulante
c.       Patrimônio Líquido – é definido como o investimento do capital dos sócios e mais ou menos as variações do lucro (+) e prejuízo (-).

3)      Demonstração de resultados do exercício – diferentemente do BP, ele traz todas as informações bem detalhadas ( o que ajuda a compor o BP de forma pontual).

Modelo:

http://monitorandoturismo.blogspot.com.br/2011_05_01_archive.html


Bem, meu propósito aqui é mencionar essa etapa ou momento do GRH para você leitor ou a você gestor de talentos. Não dá para avançar na carreira com qualidade sem o conhecimento, ainda que fundamental, da contabilidade na área do BP. Leve essas aulas a sério, caso contrário (#ficaadica), seu colega de sala, pode preencher a vaga de emprego que era para você, por CONTAR UMA HISTÓRIA IMPORTANTE!

Quero fechar com mais um testículo do artigo:

"O brasileiro não tem a cultura de fazer ou encomendar demonstrações contábeis. '"Ele nunca aprendeu a usar um balanço..."

Bem antes dessas aulas, eu era um, e você de qual time fará parte?



Referência



COELHO, William P.. Conte uma história importante. Revista Cálculo Matemático para todos. Edição 38. Março/2014. Artigo: "Fazer a Contabilidade" significa "Conta uma história". Páginas 26 a 29.

quarta-feira, 26 de março de 2014

JOVENS NA LIDERANÇA

Uma das reportagens interessantes que vieram nesta edição da revista Você RH de fevereiro/março, está a questão da juniorização da mão de obra, ou seja, mais e mais jovens vem ocupando cargos de liderança em empresas. E isso é bom, segundo a matéria? Sim e não. Vou citar alguns trechos da matéria de capa que rendeu seis longas páginas:

"Segundo um estudo realizado por técnicos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e professores de duas universidades cariocas, a proporção é a seguinte: de cada dez pessoas com mais de 25 anos, quatro são contratadas no decorrer do ano. De cada 10 jovens entre 15 a 24 anos, as empresas contratam nove.

Sem perceber, ao selecionar mais e mais jovens para todas as posições, o empresário está comprando imaturidade e, consequentemente, perdendo eficiência."

Olha que interessante, continuando:

"Os mais novos não conseguem dar fluxo às discussões de idea, perdem energia e, por raiva ou inveja, acabam com a entropia, a capacidade de transformar energia em trabalho".

A grande questão de tudo isso no mercado hoje é a escassez de funcionários e a relação de curto prazo da necessidade e custo. Mais e mais nós os jovens estamos assumindo cargos e posições importantes, cheios de teoria e informações, ou como menciona a matéria, parafraseando, profissionais júniores com horas de voo em simuladores. Nunca tivemos tanto acesso a informação rápida e de qualidade como nos dias de hoje, e nunca, até hoje, se viu a imaturidade tão presente nas universidades e, consequentemente, nas empresas.

A matéria chega a citar que os jovens de 20 anos de hoje tem um comportamento mais infantil do que os jovens da década de 80. Como medida, as empresas estão mantendo ou contratando profissionais seniores para equilibrar a balança comportamental da empresa. Estão formando jovens "Líder Coach" para saber se portar, agir, orientar, dar feedback e outras coisas.

Eu chamo isso de geração emancipada microondas. O disparate é paradoxal! Muito conhecimento, porém pouquíssima experiencia para conduzir a si e aos outros. Estou aqui desqualificando os jovens (como eu, aos 34 anos), para cargos de liderança? De maneira nenhuma! Contudo, estou desqualificando o líder que não consegue desenvolver a empatia. A educação que coloca os jovens de igual para igual em seus lares com os pais, e que ao chegar no mundo corporativo, passam por cima do chefe imediato, desrespeitando a hierarquia, para apresentação de projetos e outros. Desqualifico aqui o dar informações ao jovens teorizando mais e mais seu comportamento profissional, do que formando um profissional cuja a eficácia seja medida pela eficiência do que ele é, tem e pode executar. Não tenho nenhum problema em ver um jovem como líder, mas fico numa bifurcação de analises, quando nos deparamos com jovens que nunca lideraram nada além de seus playstations, Xbox's, sendo colocados pela necessidade, na ausência, às vezes absoluta, da estratégia traçada e monitorada pelo RH, para liderar humanos com perspectivas, culturas e pontos de vistas, talvez, diferentes. O que ocorre na maioria das vezes.

O que quero dizer, é que a formação de um líder, não deveria começar necessariamente nas mãos do RH, ele deveria lapidar esses talentos, mas sim, começar em seu lar, passando pelos exemplos práticos na escola, culminando então, no crescimento de sua liderança junto ao mundo corporativo. 

Se toda a matéria for estatisticamente correta, com indícios para um futuro, imagino, pela matemática da história, que, talvez, o RH de 2030 terá que estar se preocupando com a imaturidade dos jovens da minha idade.




Referência:

Coelho, William P.. Jovens na Liderança. Você RH: Juniorização da mão de obra. São Paulo, edição 30. Fevereiro/Março de 2014. Páginas 20 a 27.

sexta-feira, 21 de março de 2014

POR QUE RH?



Gostaria de começar citando dois ou três parágrafos de uma reportagem da Revista Você RH do mês fevereiro/março 2014:

“Há dois anos, no entanto, ao participar do projeto de construção do modelo de RH do banco espanhol, como uma das representantes de área nos fóruns criados para sugerir mudanças nos sistema, a migração no RH tornou-se inevitável. ‘“Minha característica forte é gestão de pessoas, e outros começaram a notar isso em mim”’, afirma. Passei a ser vista como parceira importante para o RH”.


Esse é o relato de Vanessa de Souza Lobato Barbosa, hoje  diretora de RH no Banco Santander, que termina dizendo:

“Saber que agora posso contribuir mais como desenvolvimento e o encarreiramento desses milhares de pessoas é fantástico. Estou apaixonada”.

O que mais me chama a atenção é que ela foi notada não somente em sua performance, mas por sua característica forte: gerir pessoas. Gosto da ideia e de como soa uma profissão que você se encaixa a ela por uma característica forte, mais do que você como um recurso para a área, mas sim, você como ser, notadamente um capital humano, intelectual e prático fazendo a coisa certa na hora certa no momento certo.

Como me tornei RH? É sobre isso que iremos tratar meus colegas e eu durante um bom tempo. Aqui teremos a perspectiva de cada um sobre os assuntos que permeiam o RH voltado para o estratégico, para pessoas com o pessoas talentosas, com um olhar de fotógrafo que busca não apenas o melhor ângulo da pessoas, mas um RH que enxerga pessoas como sendo mais que um ângulo apenas, pessoa que contêm habilidades importantes, funcionais que ao serem bem dirigidas, treinadas e direcionadas, poderão chegar longe, levando sua equipe para mais além do objetivo, construindo uma melhor empresa cujo o coletivo seja o sinônimo mais próximo para performance, e esta,  aliada a competência.


Surge uma pergunta em minha mente enquanto escrevo? Estaria já apaixonado como mencionou a Vanessa acima? Olha, é muito cedo para um relacionamento que começou a menos de 1 mês na faculdade, mas posso garantir, desenvolver e treinar pessoas é meu alvo. Sendo assim, nessa paquera, entre olhares e sorrisos, é bem possível que o RH cative meus sonhos e aspirações com uma paixão arrebatadora. Enfim, se assim for, não vejo como não me envolver com racionalidade da matemática financeira. Terei que andar pelos bosques da contabilidade. Por vezes poderei discutir a relação pela administração. Contudo, apelarei ao fator humano do RH, sem medo de ser feliz.

Referência:

Coelho, William. Por que RH?. Você RH: Como me tornei RH. São Paulo, ano 2014, v. 14924, 01 mar.2014. Página 18.